Sorocaba participa da 2ª edição da Virada Inclusiva

Diário de Sorocaba
publicado em: 29/11/2011 às 20h23:




 
 
Neste sábado (3), Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, São Paulo realiza a segunda edição da Virada Inclusiva, série de eventos de cultura, lazer e esporte voltados para que as pessoas com e sem deficiência participem juntas, na capital paulista e em diversas cidades do Estado. 

Sorocaba participa da programação que tem iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Sesc SP. A oficina “O outro olhar: fotografia com o corpo e seus sentidos”, abre a programação na Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (ASAC), que fica na rua Sete de Setembro, 344, Centro, das 8 às 17 horas. Com a coordenação de Werinton Kermes e Miriam Cris Carlos, a oficina propõe a utilização de outros sentidos, fora a visão, para a construção da imagem.

A participação é gratuita e aberta tanto para deficientes visuais, como para pessoas que enxergam. Por meio de uma oficina de sensibilização, em que os videntes serão vendados, os participantes serão estimulados a produzirem imagens fotográficas a partir do olfato, tato e audição. Os que não veem conduzirão o processo, relatando como percebem o mundo por meio dos outros sentidos.

As inscrições para oficina devem ser feitas com antecedência, na Central de Atendimento do Sesc Sorocaba, que fica na avenida Washington Luiz, 446, Jardim Emília. Estão disponíveis apenas 20 vagas e cada participante deverá levar sua própria câmera fotográfica. A idade mínima é de 14 anos.

O espetáculo teatral infantil “Uma Surpresa para Benedita” é outra atração dentro da programação da Virada Inclusiva em Sorocaba. A apresentação, gratuita, terá início às 16 horas, na Biblioteca Infantil Municipal, na rua da Penha, 673, Centro. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente no local, uma hora antes do início do espetáculo. Apenas dois por pessoa.

Sorocabanos realizam audiovisual com cegos em Rondônia

 Notícia publicada na edição de 16/11/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 001 do caderno C

Os sorocabanos Míriam Cris Carlos e Werinton Kermes realizam a partir de hoje até sábado uma experiência de audiovisual para cegos em Porto Velho (Rondônia), convite que partiu dos organizadores do Cinefest Amazônia. Acompanha a dupla o cinegrafista profissional Jorge da Mata. A oficina tem como objetivo estimular os participantes a produzirem um documentário, assim como aconteceu com o projeto realizado em Sorocaba. Aqui na cidade, a dupla entrou em contato com a Associação Sorocabana de Assistência aos Cegos (Asac) e com o professor Fernando Negrão, da Uniso, e começaram uma oficina, da qual participaram 14 deficientes visuais. A oficina produziu resultados inesperados e fez de Teco Barbero, um dos participantes, um fotógrafo com baixa visão, hoje conhecido em todo o Brasil. Desde então, Werinton e Míriam estão levarando a mesma experiência a outros Estados. Esse trabalho é inspirados no filme "Janela da Alma", de Walter de Carvalho e João Jardim, com o fotógrafo cego Evgen Bavcar. Werinton Kermes explica que a experiência com a produção de audiovisual por cegos não é nova. "Fomos pioneiros no Brasil com o trabalho fotográfico, agora queremos um novo desafio", diz.

OFICINA O OUTRO OLHAR – CINEMA PARA CEGOS

manhã de 16/11/2011- Porto Velho/ Rondônia



Cegos brasileiros na produção audiovisual

http://www.ciranda.net/fsm-dacar-2011/article/novo-artigo

domingo 13 de novembro de 2011, por Werinton Kermes

Próxima oficina acontecerá nos dias 16, 17 e 18 de novembro, em Porto Velho. O objetivo é resultar em um documentário produzido pelos participantes
 
“Somos hiperbolicamente visuais. Por outro lado, vivemos em corredores por onde os fluxos humanos circulam em multidões de indivíduos solitários, sem comprometimento uns com os outros" (Miriam Cris Carlos).
Foto: Evgen Bavcar


Em 2003, inspirados pelo documentário Janela da Alma (Walter Carvalho e João Jardim); Míriam Cris Carlos e Werinton Kermes resolveram experimentar levar a fotografia para deficientes visuais. No documentário que inspirou os sorocabanos, Evgen Bavcar, fotógrafo cego e filósofo, conta como resolveu superar suas limitações – a ausência de visão – para fotografar.
(...)

Cegos de Porto Velho produzem documentário


O outro olhar: sorocabanos experimentam
produção audiovisual com cegos, agora em Porto Velho


Em 2003, inspirados pelo documentário Janela da Alma (Walter Carvalho e João Jardim); Míriam Cris Carlos e Werinton Kermes resolveram experimentar levar a fotografia para deficientes visuais. No documentário que inspirou os sorocabanos, Evgen Bavcar, fotógrafo cego e filósofo, conta como resolveu superar suas limitações – a ausência de visão – para fotografar.  
Na época, pesquisando, Míriam viu que não havia experiências similares no Brasil. A dupla entrou em contato com a ASAC (Associação Sorocabana de Assistência aos Cegos) e com o professor Fernando Negrão, da UNISO (Universidade de Sorocaba), e começaram uma oficina, da qual participaram 14 deficientes visuais.
Esta oficina produziu resultados inesperados, ganhou seguidores em todo o país e fez de Teco Barbero, um dos participantes, um fotógrafo com baixa visão, hoje, conhecido em todo o Brasil. Barbero realiza palestras, fotografa e ensina a outros aquilo que, na primeira experiência realizada no Brasil, parecia algo impossível, coisa de malucos. O grupo que viveu esta experiência pioneira foi a Belo Horizonte e lá, no Congresso Arte sem Barreiras, conheceu Evgen Bavcar, que foi fotografado.
Werinton Kermes menciona que, na primeira oficina realizada em Sorocaba, uma das atividades foi levar o grupo ao cinema. A perplexidade era enorme já na fila para o ingresso. As pessoas que ali estavam se perguntavam: como? Cegos indo ao cinema? Qual o sentido disto? Porém, comprados os ingressos e o grupo preparado para assistir ao filme, a emoção se fez enorme, bem como a constatação de que um grupo de cegos apreendia detalhes que aqueles que enxergam deixavam passar. O filme era Cidade de Deus. O número de tiros. A tensão da música e do silêncio. Nada da narrativa passou despercebido ao ouvido e à sensibilidade do grupo. “Ali percebemos que a produção audiovisual poderia ser também um desafio muito interessante!”, afirma Werinton Kermes.
Werinton e Míriam levaram a mesma experiência para Belém (PA), por duas vezes, a convite do fotógrafo Luís Braga. Realizaram, ainda, uma oficina no SESC Pinheiros, da qual participaram pessoas que enxergavam, mas que viveram a ausência de visão e a captação de imagens com os olhos vendados. Agora, o trabalho segue rumo a Porto Velho (RO). Só que desta vez será diferente: uma oficina de produção de audiovisual. O convite partiu dos organizadores do Cinefest Amazônia.
A oficina acontece nos dias 16, 17 e 18 de novembro. O objetivo é resultar em um documentário produzido pelos participantes.  Míriam Cris Carlos explica o que a inquietou e a levou à primeira oficina: “Somos hiperbolicamente visuais. Por outro lado, vivemos em corredores por onde os fluxos humanos circulam em multidões de indivíduos solitários, sem comprometimento uns com os outros. 
Para desestruturar esta crise da visibilidade, cabe a tarefa de encontrar os outros sentidos e render o olhar do excesso imagético que nos fez cegos sem deficiência visual.  Resta encontrar novamente a tridimensionalidade e com ela resgatar o corpo carne, até então transformado em imagem e espetáculo. 
Pensando nestas questões, compreendemos que ver não é privilégio do olhar, melhor dizendo, dos olhos. Imagens se constroem de dentro para fora e vice-versa, imagens internas, que, inquestionavelmente, são imagens, são textos produzidos pela conjunção de todos os sentidos, pelo corpo. Imagens são produzidas com o tato, com o olfato (não temos uma memória olfativa?) e com o paladar. Imagens sonoras nos cercam ainda pelo rádio e pelas narrativas orais. 
Assim, inspirados pelo filme Janela da Alma, de Walter de Carvalho e João Jardim e pelo fotógrafo cego Evgen Bavcar, cremos na possibilidade da produção da imagem fotográfica por deficientes visuais, cuja sensibilidade corporal será capaz de recortar a realidade que os cerca, registrando-a fotograficamente e por meio do audiovisual. Sabemos que, mesmo não podendo confirmar o resultado de seu produto, por meio do conceito tradicional de visão, ele poderá prevê-lo, narrá-lo, confirmá-lo pelo relato de alguém que vê a imagem produzida, ou, ainda, no caso do audiovisual, recriar ele mesmo aquilo que produziu, mediante a audição”. 
Werinton Kermes explica que a experiência com a produção de audiovisual por cegos não é nova. Já aconteceu em Natal (RN), e há, também, um diretor de cinema de Brasília que é cego. “Como fomos pioneiros no Brasil com o trabalho fotográfico, queremos um novo desafio”.
Jorge da Mata, cinegrafista profissional, se engaja nesta nova etapa e acompanha a dupla no trabalho em Porto Velho. Míriam Cris Carlos relata que os objetivos do trabalho são discutir a comunicação e suas diversas formas; discutir a percepção, o espaço e a experiência; discutir o poético e a poética da imagem e do som; compreender a comunicação do deficiente visual e o seu universo de construção de imagens. Também se espera criar mecanismos que possam facilitar a prática da fotografia e da produção de audiovisual por deficientes visuais, além de realizar a produção de imagens fotográficas e audiovisuais sem a utilização da visão, por meio da exploração de outros sentidos como o tato, olfato e audição. Sobretudo, o desejo é explorar o acaso, o erro e a quebra de paradigmas na construção estética da fotografia e do audiovisual, criando videografias corporais, ou seja, realizadas por meios dos outros sentidos.
O resultado será editado e exibido no próprio festival de Rondônia. Porém, mais do que tudo, o que se deseja, explicam os coordenadores da oficina, é incentivar a superação de limites e a inclusão. Para isto, participam da oficina também pessoas que enxergam, com o objetivo de se tornarem multiplicadores da experiência.


Texto: Míriam Cris Carlos


Contatos:
Míriam Cris Carlos: micriscarlos@uol.com.br
Werinton Kermes: werintonfoto@gmail.com

Cinefest Amazônia: (69) 3212-1313
Fernanda Kopanakis (6) 9983.1336 e (21) 8216.9458
skype: fernanda_kopanakis
facebook: Fernanda Kopanakis
site: www.cineamazonia.com

OFICINA O OUTRO OLHAR – CINEMA PARA CEGOS



                     Inscrição: http://www.cineamazonia.com/

Data: 16, 17 e 18 de novembro de 2011
8:00 as 12:00 / 14:00 as 18:0
 As inscrições são gratuitas.
OFICINEIROS: Miriam Cris Carlos e Werinton Kermes:

PERFIL DO OFICINEIRO
Miriam Cris Carlos é Doutora em Comunicação e Semiótica, especialista em Teoria da Literatura e graduada em Letras. Professora pesquisadora do Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, Uniso. Roteirista e documentarista.Publicou, pela Sulina, “Comunicação e Cultura Antropofágicas” e, pela Provocare Editora e Eduniso, “A pele palpável da palavra” e “Arteiras Sorocabanas”.Realiza pós doutorado em Comunicação pela PUCRGS, em Porto Alegre, sobre Narrativas Mediáticas.
Plataforma Lattes:
https://wwws.cnpq.br/curriculoweb/pkg_menu.menu?f_cod=BEACB5B7BB97BABBCAE8492D5461A094
micriscarlos.blogspot.com
 Werinton Kermes, fotógrafo, jornalista, documentarista e produtor cultural. Foi secretário da Cultura da cidade de Votorantim até novembro de 2009 (por oito anos). Diretor do projeto Provocare, do Cruzeiro Educação e da TVV Votorantim – SP. Recebeu inúmeras premiações, entre elas o prêmio de melhor videodocumentário no Festival de Gramado por “João do Vale, muita gente desconhece” e “Povo marcado”. Atualmente finaliza o documentário “Clementina cadê você”, que retrata a vida e a obra da cantora brasileira Clementina de Jesus. Publicou pela Provocare Editora o livro Política e Ação Cultural, por uma Gestão das Culturas e também é autor de“Nossa arte à meia-luz”.  werintonkermes.blogspot.com
 EMENTA/JUSTIFICATIVA
Somos hiperbolicamente visuais. Há um excesso de imagens que, cotidianamente, nos cerca, fazendo-nos abandonar sentidos primordiais como o olfato e o tato. As relações estabelecidas por meio da comunicação primária (um corpo em diálogo com outro corpo) são pautadas pela imagem. E nesse excesso de visualidade que nos cerca, vamos tornando-nos cegos. Nossa deficiência visual não é física, trata-se de uma deficiência mais subjetiva;estamos cegos pelo excesso de imagens, que gritam para nos comunicar algo, ou seja, não damos conta da carga de informações a que somos submetidos e acabamos nos acostumando a passar os olhos pelo mundo sem enxergar, realmente, bem como ouvimos sem escutar. Mecanismo de defesa, já que estamos saturados de imagens, sobretudo, imagens, estas, na maioria das vezes, desagradáveis. Não ver pressupõe não agir, não se preocupar, não questionar. Estamos diante de não-lugares (Auge, Bauman, Certeau). Cada vez mais os ambientes são provisórios, efêmeros, corredores por onde os fluxos humanos circulam em multidões de indivíduos solitários, sem comprometimento uns com os outros.
Para desestruturar esta “crise da visibilidade”, apontada por Norval Baitello Júnior, via Dietmar Kamper, cabe a tarefa de encontrar os outros sentidos e render o olhar do excesso imagético que nos fez cegos sem deficiência visual.  Resta encontrar novamente a tridimensionalidade e com ela resgatar o corpo carne, até então transformado em imagem e espetáculo.
Pensando nestas questões, compreendemos que ver não é privilégio do olhar, melhor dizendo, dos olhos. Imagens se constroem de dentro para fora e vice-versa, imagens internas, que, inquestionavelmente, são imagens, são textos produzidos pela conjunção de todos os sentidos, pelo corpo. Imagens são produzidas com o tato, com o olfato (não temos uma memória olfativa?) e com o paladar. Imagens sonoras nos cercam ainda pelo rádio e pelas narrativas orais.
Assim, inspirados pelas questões há muitolevantadas por Baitello e Kamper, ainda, pelo filme Janela da Alma, de Walter de Carvalho e João Jardime pelo fotógrafo cego Evgen Bavcar, cremos na possibilidade da produção da imagem fotográfica por deficientes visuais, cuja sensibilidade corporal será capaz de recortar a realidade que os cerca, registrando-a fotograficamente e por meio do audiovisual. Sabemos que, mesmo não podendo confirmar o resultado de seu produto, por meio do conceito tradicional de visão, ele poderá prevê-lo, narrá-lo, confirmá-lo pelo relato de alguém que vê a imagem produzida, ou, ainda, no caso do audiovisual, recriar ele mesmo aquilo que produziu, mediante a audição.
Assim, pautado nestas questões, o projeto “O outro olhar – fotografando com o corpo”, nasceu em 2002, sendo realizado inicialmente em Sorocaba, SP, e depois em Belém, PA. Tratou-se de projeto ousado e pioneiro, além de polêmico. A experiência, que na época contava com referências mínimas e nenhuma realização no Brasil, hoje, fez escola, com projetos similares realizados por todo o Brasil e no mundo.Gostaríamos, portanto, de realizar agora, uma nova experiência, um laboratório da produção fotográfica e audiovisual do deficiente visual, acompanhado por videntes, mostrando, mediante os resultados fotográficos e audiovisuais no formato de documentários experimentais, a capacidade sensível de recorte da realidade, por meio dos outros sentidos do corpo, que não o olhar. Queremos partilhar da experiência do “viver no escuro”, mas viver, conceber imagens e saber que há uma realidade à nossa volta. Talvez, assim, possamos compreender melhor o modo particular de estar no mundo, um mundo com outras luzes. Talvez, assim, possamos nos dar conta de que estamos, nós, que vemos tantas imagens todos os dias, cegos. Talvez, com este trabalho, possamos proporcionar uma nova possibilidade de nos enxergar (ouvir, tocar e cheirar) uns aos outros.
OBJETIVOS GERAIS
  • Discutir a comunicação e suas diversas formas.
  • Discutir a percepção, o espaço e a experiência.
  • Discutir o poético e a poética da imagem e do som
  • Compreender a comunicação do deficiente visual e o seu universo de construção de imagens.
  • Criar mecanismos que possam facilitar a prática da fotografia e da produção de audiovisual por deficientes visuais.
  • Realizar a produção de imagens fotográficas e audiovisuais sem a utilização da visão, por meio da exploração de outros sentidos como o tato, olfato e audição.
  • Explorar o acaso, o erro e a quebra de paradigmas na construção estética da fotografia e do audiovisual, criando videografias corporais, ou seja, realizadas por meios dos outros sentidos.
  •  

CONTEÚDO/METODOLOGIA
Primeira etapa: Palestra aberta à comunidade interessada:
  • Narrativas orais: coletas de relatos da experiência dos participantes
  • Exposição da experiência realizada com deficientes visuais em Sorocaba / SP e Belém (PA).
  • Discussão do conceito de imagem.
  • Discussão sobre os conceitos de olhar, percepção, experiência e experiência estética.
  • Discussão do conceito de poético.
  • Discussão da produção fotográfica e audiovisual pelo deficiente visual.
  • Solicitação de fotografias de familiares que não conviveram com os participantes (memórias).

Segunda etapa:
  • A imagem e sua construção: como se compõe o universo imagético do deficiente visual. Relato de memórias – fotografias trazidas pelos participantes.
  • Noções básicas de uso da câmera. Procuraremos identificar quais as particularidades de cada participante, como ele consegue identificar e recortar o mundo que o cerca.
  • Trabalharemos o auto-retrato, bem como o recorte de detalhes do corpo do fotógrafo.
  • Estimularemos o contato entre os participantes, a fim de que possam ser, ao mesmo tempo, fotógrafos e fotografados.
  • Exploração do corpo, do espaço e da propriocepção.
Terceira etapa:
  • Explorar o equipamento audiovisual (câmera de vídeo).
Quarta etapa:
  • Produção de videodepoimentos entre os participantes.
  • Este material comporá o videodocumentário experimental, que finalizará o projeto.
  • Os participantes se revezarão como entrevistados e entrevistadores.  
Quinta etapa:
Aula externa. Será realizada uma saída com os participantes, cujo enfoque inicial será realizado com o recorte da realidade em planos mais fechados, de acordo com o alcance particular de cada participante, relativo aos sentidos que queira privilegiar: tato (retratos, detalhes, superfícies); olfato (recortes olfativos da realidade); audição (recortes de sons).
Sexta etapa:
  • Avaliação do material captado com o grupo. Serão exibidas e narradas as fotografias produzidas sem a visão. O fotógrafo relatará o que fotografou, como construiu a imagem, qual a sua percepção e a sua relação com o objeto fotografado. A narrativa do fotógrafo será cotejada com a descrição da foto realizada.
  • Primeira decupagem e edição das fotos produzidas.
Sétima etapa:
 Edição e finalização.
Nona etapa:
 Exibição.

Inscrições abertas para oficinas


 09/11/2011 




Mantendo a tradição de oferecer capacitações gratuitas aos produtores cinematográficos de Rondônia, o Festcineamazônia estará oferecendo três oficinas técnicas numa parceria com o Centro Técnico Audiovisual (CTAv), do Ministério da Cultura. As atividades acontecem paralelas ao festival, realizado de 15 a 19 de novembro, no Teatro Banzeiros, em Porto Velho. Serão oferecidas quatro oficinas: Produção, Captação de Som, O Outro Olhar Cinema para cegos, e Faça Você Mesmo - Blog, Jornalismo on-line, Vídeos, Redes Sociais. As oficinas acontecem de 16 a 18, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Para se inscrever, os interessados devem preencher a ficha no site www.festcineamazonia.com.br e esperar o contato da organização.
A oficina de produção será ministrada por Cléia Bessa, produtora atuante na área do audiovisual e responsável assinar filmes como “Desenrola”, de Rosane Svartman, 2011, “Cartola”, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. Cafuné, de Bruno Vianna, LM (2006), Mais Uma Vez Amor” de Rosane Svartman,  LM (2005), Minha Vida de Menina” de Helena Soldberg, LM (2205), Separações de Domingos Oliveira; LM (2002), O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, de Paulo Caldas e Marcelo Luna,  LM (2000),  Como Ser Solteiro,  Dir. Rosane Svartman, LM (1997) e “Ismael e Adalgisa”, da cineasta Malu de Martino (MM).
O curso tem como objetivo desenvolver a percepção no processo de produção cinematográfica, abordando de forma teórica e pratica sobre o conteúdo proposto O conteúdo abordará roteiro, documentos, pré-produção, orçamento e a própria filmagem.
Edwaldo Mayrink é o responsável pela oficina de captação de som. Como Coordenador Técnico da Funarte, Edwaldo desenvolveu o projeto de renovação tecnológica do estúdio de mixagem. Sua oficina será voltada aos fundamentos da geração e da propagação de som em ambientes abertos. A intenção de despertar um aumento da percepção auditiva e capacidade de análise crítica da função do som nas áreas do audiovisual.

DIVERSAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO

Para dar “Outro Olhar” ao Festival, a oficina de cinema para cegos será ministrado por uma dupla: Miriam Cris Carlos, doutora em comunicação e semiótica, roteirista e documentarista; e Werinton Kermes, fotógrafo, jornalista, documentarista e produtor cultural. O curso destinado ao público portador de necessidades especiais, deficientes visuais acima de 14 anos e pessoas interessadas no tema, tem o objetivo de discutir a comunicação e suas diversas formas, a percepção, o espaço e a experiência. A meta é fazer com que os oficineiros compreendam a comunicação do deficiente visual e o seu universo de construção de imagens, criando mecanismos que possam facilitar a prática da fotografia e da produção de audiovisual. O foco é a realização da produção de imagens fotográficas e audiovisuais sem a utilização da visão, por meio da exploração de outros sentidos como o tato, olfato e audição.
E para quem se interessa pelas práticas on-line, a oficina “Faça Você Mesmo” promoverá debates sobre o papel da mídia na vida das pessoas. Mais do que técnicas jornalísticas, a oficina oferece a oportunidade de analisar a postura dos cidadãos frente às mídias de ontem e de hoje na sociedade contemporânea. A mestre em Mídia-Educação, Edneide Arruda conduzirá os trabalhos.

Virada Inclusiva tem peça infantil e oficina de foto para deficientes visuais



Diário de Sorocaba
03/11/2011
 
Sorocaba participa neste sábado, dia 3, da programação da Virada Inclusiva, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo cujo objetivo é promover o exercício pleno da cidadania, a partir da intensificação dos laços de igualdade de direitos nas pessoas com ou sem deficiência.

A oficina “O outro olhar: fotografia com o corpo e seus sentidos”, abre a programação a partir das 8 horas na Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (ASAC). Com a coordenação de Werinton Kermes e Miriam Cris Carlos, a oficina propõe a utilização de outros sentidos, fora a visão, para a construção da imagem.

A participação é gratuita e aberta tanto para deficientes visuais, como para pessoas que enxergam. Por meio de uma oficina de sensibilização, em que os videntes serão vendados, os participantes serão estimulados a produzirem imagens fotográficas a partir do olfato, tato e audição. Os que não veem conduzirão o processo, relatando como percebem o mundo por meio dos outros sentidos.

As inscrições para oficina devem ser feitas com antecedência, na Central de Atendimento do Sesc Sorocaba (3332-9933). Estão disponíveis apenas 20 vagas e cada participante deverá levar sua própria câmera fotográfica. A idade mínima é de 14 anos.

TEATRO INFANTIL - O espetáculo teatral infantil “Uma Surpresa para Benedita” é outra atração dentro da programação da Virada Inclusiva em Sorocaba. A apresentação, gratuita, terá início às 16 horas na Biblioteca Infantil Municipal, com apoio da Secretaria da Cultura. 

A montagem do Grupo Trampulim, de Minas Gerais, conta as aventuras de dois grandes companheiros, Sabonete e Benedita, que, quando se reúnem no mesmo espaço, é certo que alguma confusão vai acontecer. Nesta história, Sabonete quer preparar um jantar-surpresa para Benedita, mas precisa da ajuda dela. 

Começam aí os imprevistos e confusões que fazem com que o tal jantar não seja tão simples assim e parece que tem tudo para dar errado. Abordando as relações de amizade e amor, o espetáculo fala do cotidiano de maneira simples e bem-humorada, utilizando um amplo repertório de gestos, técnicas circenses e improvisações. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente no local.

SERVIÇO - A Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (ASAC) está na Rua Sete de Setembro, 344, Centro. Já a Biblioteca Infantil Municipal se localiza na Rua da Penha, 673, Centro. Mais informações pelo telefone (15) 3332-9933

Deficientes visuais terão curso de fotografia

 Ipanema On line
 Visor Vision
Foto por Kurt Weston.


No dia internacional do deficiente físico, lembrado em 3 de dezembro (sábado), a Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (Asac), realizará uma oficina de fotografia para deficientes visuais.  O curso, intitulado de “O outro olhar: fotografia com o corpo e seus sentidos”, será ministrado por Míriam Cris Carlos e Werinton Kermes, como parte da programação do SESC para a Virada da Inclusão.



Míriam e Werinton foram os pioneiros no desenvolvimento de pesquisas sobre produção de imagens por deficientes visuais, com a realização da primeira oficina em 2002, em Sorocaba, com o apoio da Universidade de Sorocaba (Uniso), que oferecia o local de realização das aulas e os laboratórios de fotografia, na época no campus Seminário.



Após esta primeira experiência, o trabalho foi realizado em outros lugares, entre eles, em Belém, por dois anos seguidos, no Sesc Pinheiros e em novembro deste ano em Porto Velho (RO). A partir da iniciativa de 2002, surgiram inúmeros projetos similares em todo o país. Segundo Kermes, “a experiência tem sido muito enriquecedora; a cada nova oficina aprendemos mais e, cada vez mais, pessoas que enxergam também querem participar da experiência”.



A proposta da oficina é ensinar técnicas básicas de produção de fotografia para os deficientes visuais, com o retrato, auto-retrato e captação de imagens a partir da percepção, entendida em uma amplitude maior – como modo de perceber a realidade a nossa volta. São oferecidas noções de distância para a captação de imagens, de recorte e composição, além de discussões sobre a arte, o poético, o erro e o acaso, para capacitar os participantes a operar uma máquina simples e registrar imagens a partir do tato, da audição, do olfato. Além disso, a experiência tem funcionado como um processo de inclusão, ao estimular a curiosidade, a criatividade e a auto-estima.



A percepção e a construção de imagens são temas pesquisados por Míriam Cris Carlos, doutora em Comunicação e Semiótica e professora do Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba. Ela explica que “as imagens se constroem também de dentro para fora e vice-versa, a partir de todos os sentidos, não só da visão”. A pesquisadora esclarece que a biossemiótica pesquisa o corpo e suas potencialidades, a capacidade que temos de nos adaptar e especializar o corpo para sobreviver. “Quando perdemos um sentido, tendemos a explorar melhor os outros. A experiência de fechar os olhos pode ser riquíssima para nós, que somos escravos do olhar”, afirma.



Embora destinada a deficientes visuais, interessados em produzir imagens a partir de outras formas de percepção podem participar da oficina. Werinton e Miriam explicam que “aqueles que enxergam terão os olhos vendados e serão guiados por aqueles que não enxergam com os olhos, mas percebem o mundo e formulam imagens / representações a partir de sua experiência sinestésica”.

Serviço:

O Outro Olhar: fotografia para deficientes visuais

Data: Sábado, 03 de dezembro,
Horário: a partir das 8h
Local: ASAC - Rua Sete de setembro, 344 - Centro - Sorocaba
Telefone: (15) 3232 -2786

::Virada Inclusiva - Oficina: O outro olhar: fotografia com o corpo e seus sentidos::


Portal Sorocaba.com

Sorocaba vai participar no dia 3 de dezembro, da programação da Virada Inclusiva, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em parceria com o Sesc-SP. Os eventos, que acontecem em várias unidades da capital, Interior e Litoral, têm por objetivo promover o exercício pleno da cidadania, a partir da intensificação dos laços de igualdade de direitos nas pessoas com e sem deficiência.

A oficina "O outro olhar: fotografia com o corpo e seus sentidos", abrirá a programação em Sorocaba, a partir das 8h, na Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (ASAC). Com a coordenação de Werinton Kermes e Miriam Cris Carlos, a proposta será a utilização de outros sentidos, fora a visão, para a construção da imagem.

A participação é gratuita e aberta tanto para deficientes visuais, como para pessoas que enxergam. Por meio de uma oficina de sensibilização, em que os videntes serão vendados, os participantes serão estimulados a produzirem imagens fotográficas a partir do olfato, tato e audição. Os que não veem conduzirão o processo, relatando como percebem o mundo por meio dos outros sentidos.

As inscrições para oficina devem ser feitas com antecedência, na Central de Atendimento do Sesc Sorocaba, que fica na avenida Washington Luiz, 446, Jardim Emília. Estão disponíveis apenas 20 vagas e cada participante deverá levar sua própria câmera fotográfica. A idade mínima é de 14 anos.

Endereço: Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais
Cidade: Sorocaba - SP
Telefone: 15-3332-9933